Tuesday, September 11, 2007

Caso Richarlyson




Não podemos negar, infelizmente, que a homofobia está presente em nosso país. Os atos homofóbicos partem de todos os lados, de todas as maneiras, de uma palavra vulgar a assassinatos. Mas o que podemos dizer quando a discriminação parte de um Juiz de Direito que está a serviço da Justiça?


Um caso de homofobia envolvendo o jogador do São Paulo Futebol Clube, Richarlyson, virou manchete dos principais veículos de comunicação do país. O juiz da 9ª Vara Criminal de São Paulo, Manoel Maximiano Junqueira Filho, mandou arquivar o processo movido pelo jogador contra um dirigente do Palmeiras que, em um programa de televisão, insinuou que o atleta era homossexual. Em seu despacho, entre inúmeras declarações preconceituosas, o juiz afirmou que “não poderia jamais sonhar em vivenciar um homossexual jogando futebol”.


O “caso Richarlyson” demonstra o grau de homofobia que assola nosso país. Mas o jogador tem demonstrado sua coragem e partiu para lutar pelos direitos constitucionalmente garantidos não só a ele como a todos nós, cidadãos, que são: honra, dignidade, igualdade e privacidade.


Richarlyson poderia ter agido de três formas diferentes nesta situação: ter se recolhido e não levar a história adiante, agir por ele mesmo ou, e aí é que está o seu brilhantismo, lutar por todos nós.


Conhecedor das regras de civilidade, respeito e justiça, o jogador está agindo contra o preconceito e discriminação de um diretor de clube de futebol e de um Juiz de Direito, a quem recorreu para clamar por justiça. Ocorre que esse que deveria ser o seu defensor, não só indeferiu seu pedido e o repeliu, como proferiu sentença ainda mais preconceituosa e homofóbica do que as ofensas praticadas por seu primeiro agressor.


Todas as ações de Richarlyson, inclusive a exposição do caso (e, conseqüentemente, da sua imagem) para a mídia, demonstram quais são as atitudes daqueles que se sentem vítimas de discriminação, seja ela homofóbica ou não. Para que as ações do jogador de futebol sejam ainda mais brilhantes, resta apenas uma atitude: exigir uma indenização por danos morais de todos aqueles que o ofenderam. O valor que Richarlyson vier a receber (e parece claro que o receberá, diante dos incontestáveis danos causados aos seus valores morais, sua dignidade e sentimentos) servirá, como diz a própria lei, para atenuar os seus sofrimentos e, principalmente, punir aqueles que os causaram.


A punição é a função educativa da indenização por dano moral. E, neste caso, se presta a ensinar que a homofobia não é mais aceita por grande parte da sociedade (infelizmente, não a totalidade dela). Cada vez mais “Richarlysons” aparecerão para mostrar que aqueles que não concordam com isso - até mesmo um Juiz de Direito - serão punidos e apontados perante a sociedade como pessoas que agem em descompasso com a Justiça e com os tempos em que vivemos, causando danos à sua própria imagem.


É um absurdo que a discriminação venha de um diretor de clube de futebol. E mais absurdo ainda é que isso seja aprovado, através de uma sentença, por um juiz. O Conselho Nacional de Justiça tem em suas mãos a obrigação de punir o juiz e nos fazer acreditar que o Brasil não é um território sem lei.


Tuesday, August 28, 2007

Mulheres no Futebol


Através dos séculos, sempre se ouviu dizer que futebol é coisa pra homem . Não qualquer tipo de homem, mas sim os homens mais corajosos, capazes e verdadeiros, por ser um esporte de alto rendimento e muita força fisica e contato inevitável constante foi sempre mantido longe das frágeis mulheres. Mas como todo outro setor mundial, as mulheres conquistaram seu espaço e hoje jogam em clubes profissionais, tem seus campeonatos e atuam até mesmo na arbitragem, de forma as vezes duvidosa. Mas será que essas criticas, que à arbitragem em especial são comuns e constantes mesmo com os homens, são fundamentadas ou será apenas uma demonstração do preconceito dos conservadores torcedores brasileiros?



Traremos então o caso da bandeirinha Ana Paula Oliveira. Duramente criticada por cometer enganos em lances capitais de várias partidas já foi afastada pela CBF. O caso mais polemico sem duvida foi o jogo da semifinal da Copa do Brasil 2007, no Maracanã, entre Botafogo e Figueirense. Ana Paula anulou dois gols do time carioca ainda no primeiro tempo e foi intimada por jogadores. Pegou um gancho e está de licensa até o final de setembro.
Porém se fosse só esse o problema estaria de bom tamanho, mas Ana Paula Oliveira foi convidada a posar nua para uma revista masculina, e não exitou. A qualidade das fotos não pode ser questionada, e o bom dinheiro que ela recebeu não é de se desmerecer, mas hoje ela é muito mais criticada. Membros da alta cúpula da CBF não crêem que Ana consiga voltar a realizar um bom trabalho fora das 4 linhas, pois assumiu o papel de modelo e optou por deixar de lado sua profissão de bandeirinha. Com certeza uma declaração com certo teor preconceituoso deste homem.


foto: Ana Paula Oliveira, modelo e bandeirinha nas horas vagas.

Este ensaio fotografico com certeza pois em questão a seriedade do trabalho de Ana Paula Oliveira, e a denigre hoje como profissional do nobre esporte, que é o futebol. Mas não cabe a ninguém julgá-la ética ou moralmente, cabe a ela ter a consciencia de que está num meio que a expõe e devia medir seus atos, pois a midia não perdoa e os torcedores do brasil deviam considerar que qualquer ser humano é propicio ao erro, e não é pelo fato dela ser mulher que devem crucifica-la, pelo contrario, devem auxilia-la neste novo caminho que ela vem tentando traçar, que são as mulheres no futebol.

Ao contrário dela temos ótimos exemplos de boleiras. Como Marta (10), da seleção brasileira de futebol feminino, que comandou a seleção em mais uma vitóriosa campanha que culminou na conquista do Pan-Americano de 2007. Um exemplo de força de vontade, perseverança e raça.

" Não vi Pelé, mas vi Marta " - frase famosa que idolátra a Rainha Marta


POR: [CAP] Guilherme H.T. Hotz¹°, 16, jogador ; compositor ; músico e crítico de futebol.


Arbitragem

A arbitragem tem sido um tema freqüente em decorrência de tantos erros que vêm cometendo nas últimas partidas.





Erro impordoável clássico: cena cada vez mais freqüente.

Como os árbitros conseguem cometer erros como o visto acima? Há má intenção? Será que agimos com ética aos criticarmos estes indivíduos?


Hoje vivemos duas situações distintas na arbitragem no Brasil.



De um lado temos árbitros mal preparados que cometem erros em quase todas as partidas. Não são erros escândalosos: um penalti não marcado por mal posicionamento, diferença em relação ao critério de aplicação de cartões, impedimentos mal marcados por poucos centímetros. As vezes podem mudar o resultado de uma partida, mas é raro. Estes árbitros não devem ser crucificados. Só vemos seus erros devido as mais variadas câmeras presentes nos estádios e anos atrás estes erros nem eram discutidos porque não eram vistos. Cabe então a Comissão de Arbitragem da CBF - que por sinal acho uma entidade com muitos erros graves - tomar atitudes que previnam esses erros, tendo mais treinamento para um indivíduo se tornar árbitro de futebol. Sim, erramos ao criticarmos assintosamente os árbitros que se encaixam neste lado.






O ladrão Edílson agradecendo pelo roubo de cada dia.





Por outro lado temos sim árbitros mal intencionados e há uma grande probabilidade de haver complô a favor de determinados times, como o Caso Edílson nos provou. Exemplos aqui não são necessários devido as mais variadas denúncias que qualquer amante do futebol tem conhecimento. O que fazer então diante desse quadro? Fingir que não acontece absolutamente nada enquanto bem debaixo de nossos olhos acordos que ferem integralmente o espetáculo do futebol são fechados e determinam uma série de resultados?
Reflitam sobre tudo isso e comentem deixando suas opiniões.


Mas antes vejam outro vídeo.





Impossível esconder a paixão pelo time.



Homenagem




Puerta: o herói do Sevilla.




Por: Bruno Baggio, 16, jogador e comentarista esportivo.

Wednesday, August 22, 2007

Racismo fora do Brasil


Olá caros amigos amantes do futebol!
Hoje, eu, Guilherme estou aqui para trazer a vocês um caso de racismo fora de nosso país, o que prova que esse é um problema encontrado em torno do cenário futebolesco mundial.

Um dos jogadores que já sofreram com o preconceito racial no exterior é Gerald Asamoah, nascido em Gana.

Asamoah já passou por experiências amargas. No início da carreira profissional, aos 18 anos, viajou com o Hanôver a Cottbus, no leste alemão. Ele e Otto Addo, outro negro na equipe, foram mal recebidos em campo. Os torcedores jogaram bananas e cuspiram nos dois jogadores. Como se não bastasse, foram xingados pelos próprios adversários.

Embora o presidente da DFB, Gerhard Mayer-Vorfelder, insista que o racismo no futebol se resume a casos isolados, a xenofobia existe no futebol alemão. O secretário de Esportes da Renânia do Norte-Vestfália, Michael Vesper, lembra as várias associações de fãs neste sentido, mas também vê problemas de identificação entre os torcedores racistas: "Quando algum dos estrangeiros faz gol, todos, sem exceção, vibram nas arquibancadas".
Em 1998, a Confederação Alemã de Futebol criou um plano de dez pontos contra a xenofobia no futebol.

Ele ditava, entre outras coisas, parágrafos anti-racistas nos regulamentos dos estádios. Medidas apenas superficiais, segundo o sociólogo Gerd Dembowski, da Aliança Fãs Ativos do Futebol. Segundo ele, a discriminação diminuiu, mas também tornou-se mais sutil. Mais uma vez, Asamoah serve de exemplo. Embora reconheça não ser mais mal recebido nos estádios, ele e outros jogadores negros enfrentam problemas no dia-a-dia. Asamoah já foi discriminado numa cafeteria, e o brasileiro Dedê, impedido de entrar numa discoteca.

É uma pena saber que casos como esse ainda estão eminentes no futebol. O esporte tem que ser reconhecido por bons exemplos. Exemplos de jogadores que suam suas camisas em prol de realizarem belos espetáculos, que é o que todos queremos ver. Assim como está explícito na música "Cara do Gol" do Grupo "Esquadrão do Samba", o futebol tem que ser lembrado por grandes nomes e grandes jogos.

Por hoje é só pessoal!
Até a próxima, se papai do céu quiser.

Referências bibliográficas: http://www.deutsche-welle.net/dw/article/0,2144,827723,00.html

Por: [CFC] Guima

Tuesday, August 14, 2007

Racismo no ano de 2006


Olá caros amigos da GM Internet Comporation.
Eu, Leonardo, estou aqui para apresentar alguns casos ocorridos no ano passado (2006).
Foram 3 casos ocorridos: Romerito do Goiás xingou o zagueiro do Cruzeiro, André Luiz, que acabou por não processar do atacante; No jogo São Caetano e Ponte Preta pelo paulistão, o volante do azulão Zé Luiz acusou o meia Élson da Ponte de chama-lo de macaquinho, mas esse caso também não foi à julgamento.


Mas houve um caso que chocou ainda mais...
O terceiro caso foi no jogo Juventude e Grêmio.
As agressões não foram verbais...
O jogador do Juventude Antônio fez jestos na pele, indicando a cor de pele do gremista (como podemos ver na imagem acima). Em um gesto como "tinha que ser negro"...
"Felizmente", houve "justiça": Antônio Carlos cumpriu 60 dos 120 dias de prisão, e só saiu com uma fiança de aproximadamente R$4.500,00.


Com certeza caros amigos, mais um caso chocante dentro das quatro linhas.
Gostaria de saber os comentários de todos sobre o ocorrido: afinal.. fazer sinal na pele é pior, melhor, ou é o mesmo do que xingar verbalmente?
Muito obrigado, e até a próxima.


Postado por: [CFC]Leo

Tuesday, August 07, 2007

Caso Grafite




Em abril de 2005 em uma partida válida pela Copa Toyota Libertadores da América ocorreu um dos casos mais fortes de preconceito racial dentro das quatro linhas. No primeiro tempo da partida entre São Paulo x Quilmes, no Estádio do Morumbi, o zagueiro argentino Desábato xingou o brasileiro Grafite de forma racista. Grafite reagiu, agrediu Desábato e acabou sendo expulso da partida. Porém, imagens de TV flagraram a atitude do argentino.
Ao final da partida o delegado Oswaldo Nico Gonçalves entrou em campo e conduziu o zagueiro argentino ao 34° DP.
Depois de ficar detido cerca de 37 horas, a fiança de Desábato foi paga e ele liberado.




Nessa época começava a crescer uma onda preconceituosa com relação a etnia dos jogadores. Esta atitude em um jogo considerado importante foi um passo importante para conter essa crescente racial? Ou a atitude foi completamente exagerada? Você concorda com as atitudes tomadas contra Desábato no fator extra campo?



Muitas pessoas defendem que o que acontece dentro do campo deve ficar apenas dentro de campo. Porém uma imagem de racismo passada aos torcedores pode causar conseqüências muito graves, sendo o futebol um fator que influencia muitas pessoas ao redor do mundo. As atitudes começam no gramado e rapidamente podem se espalhar para as arquibancadas e até influenciar movimentos preconceituosos nas ruas. Eu, particularmente, sou contra o racismo em qualquer uma de suas formas e, considero a atitude tomada na partida entre São Paulo x Quilmes completamente válida, no período delicado que o futebol começava a enfrentar com relação ao racismo.


Deixe a sua opinião!

Por: Baggio

Estréia

Olá caros amigos
A GM Internet Corporation inicia hoje um novo trabalho com este blog. Debateremos com você, fã do esporte mais "pop" do mundo, sobre o preconceito que afeta as pessoas dentro e fora das quatro linhas. Compartilhe e dê a sua opinião neste espaço aberto pela GM Corporation, onde todos tem seu lugar e podem dar a sua opinião.
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Contamos com a presença de todos vocês!